Recordar é viver
29 Setembro, 2022
Aprendem a escrever.. Sem folhas, sem canetas, sem paredes!
14 Outubro, 2022
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No primeiro dia, uns de nós chegaram à escola ansiosos, outros com um sorriso no rosto, outros com lágrimas perdidas e outros mais aventureiros.

Se choraram? Sim.

Se se bateram? Também.

Se riram? Muito.

Se brincaram? Constantemente.

 

Nestes dias não faltou o abraço, o colo e o aconchego. Não faltaram as mãos a acariciar as bochechas com algumas lágrimas. Esse toque tão simples, acompanhado de palavras pequenas, ou simplesmente da presença, tornaram-se suficientes para lhes mostrar o quanto queremos que ultrapassem este momento. E nós estamos a vivê-lo em conjunto.

Não havia pernas para tantos pedidos e era impossível que cada um ocupasse um lugar. Mas mesmo assim, houve presença, houve abraço sentido e palavras confortantes para cada um, com o seu tempo, ao seu tempo.

Tivemos dias de muita agitação, mas que se tornaram fundamentais para nossa coesão e para a construção da noção do nosso grupo.

Dias carregados de explorações, não apenas físicas, mas explorações de emoções e de conhecer o outro.

Dias em que, ainda muito envergonhados lá davam o ar da sua graça e diziam o que lhes apetecia fazer: “podemos fazer massinha?”

Dias em que, simplesmente, apenas nos apetecia estar… estar no colo do adulto… estar a observar…

 

“Sim, as adaptações são difíceis para as crianças, para os pais, para os educadores e para os assistentes operacionais. Mas fiquemos tranquilos porque elas estão a acontecer, e acima de tudo, todos estão felizes e a dar o seu melhor.”